Policial Adventista servindo em batalhão de operações especiais tem sua fé provada

Cabo PM Marcello, sou policial militar e sirvo num batalhão de operações especiais em MG, há 7 anos sou adventista do sétimo dia. Neste ano um comandante ateu me perseguiu na questão de não trabalhar no sábado, ele não aceitava minha posição, logo, me escalava para trabalhar de motorista dele, por causa da minha consciência religiosa eu não ia trabalhar...

Na primeira comunicação eu não quis briga e o tenente encarregado do procedimento disse para mim deixar quieto e assumir a falta que ele daria como punição um artigo 10, que é apenas uma advertência verbal e estava tudo certo.

Me fui escalado de novo com um tenente e mandou ele me escrever (comunicar minha falta), o tenente não mediu esforços e me ameaçou antes disse que era melhor eu ir trabalhar senão as coisas não ficariam bem.

Eu disse bem claro que não iria trabalhar porque era adventista do 7 dia, e o sábado para mim é um dia santificado, separado para Deus (ressalto que para esses dias que não fui trabalhar eu havia conseguido permuta com outros colegas, mas me foi negado esse direito), ele não gostou e eu não fui trabalhar.

Mandaram um sargento ser o encarregado do procedimento de apuração da minha falta, então eu na defesa prévia aleguei primeiro na bíblia o que era o sábado, o porquê guardamos que e o sinal de lealdade ao Senhor Jesus e outros fundamentos da minha fé, no segundo ponto aleguei que a Constituição Federal no art. 5 inciso 7 respalda a minha convicção, e que não ne eximi de prestar outra atividade haja vista que tentei troca de serviço antes inclusive formalizei e foi negada pelo chefe direto que era o próprio tenente que me comunicou.

Pedi o arquivamento do feito, quando o sargento encarregado aceitou e o comandante também, mas alegou que ocorreu uma colisão de direitos fundamentais, e que deverá ocorrer uma ponderação direta no caso concreto haja vista que o direito fundamental não é absoluto, logo, em caso de absoluta necessidade de serviço eu poderia ser escalado.  Entretanto este não era o caso porque arrumei permuta e não fui atendido, por consequência estava arquivado meu processo por completo.

Este é meu testemunho, em breve virão outros e o ateu foi transferido do batalhão. Vale a pena servir a Cristo!

CB. Marcelo