Militar Adventista conta sua carreira na fé!

Em meados de 1996, fui prestar uma prova para soldado da Força Aérea Brasileira, e no local da prova dentro de um ginásio com vários candidatos um sargento olhou para mim no meio de uma multidão de candidatos e perguntou-me "ei você de camisa verde" olhei para os lados pra ver se realmente era comigo com quem falava e respondi "eu" e ele me disse: sim você mesmo,  você já foi militar alguma vez?  Perguntou me. Eu respondi que não. Ele disse: “Deus diz pra te dizer que você será!”
Aquela com certeza foi uma motivação sem igual pra mim. Eu naquela época tinha acabado de me converter a Igreja Adventista do Sétimo Dia, era um jovem que estava ainda começando a idealizar uma carreira profissional independente da onde, apenas queria que seu sábado fosse guardado pra honrar o seu Deus.
Tudo era um ponto de interrogação na minha mente. Infelizmente não foi naquele concurso que passei, e nem no próximo, foi apenas no terceiro.  Aquela cena do sargento me falando que eu seria militar nunca saiu da minha mente, era como um combustível interminável de determinação e fé. Quando recebi a carta de convocação foi uma alegria sem par agradeci a Deus por tamanha vitória, mas o mais importante estaria por vir.
Ao me apresentar no IV Comando Aéreo Regional, tivemos a notícia que o curso que sempre fora realizado naquele quartel não o seria naquele ano e que iríamos nos deslocar para a Base Aérea de Cumbica, ninguém estava entendo o porque dessa mudança nem mesmo os próprios comandantes da BASP (BASE AÉREA DE SÃO PAULO)  sabiam o porquê mas meu Deus sabia pois no IV COMAR todos os cursos tinham naquela época o sistema de quarentena onde seus soldados não iam para sua residência ficavam todo o tempo no quartel e concorrendo as escalas diárias, mas naquele ano que passei no concurso o curso na BASP o curso era de segunda a sexta-feira, e as sexta-feira éramos dispensados após o almoço por volta das 13:00.
Deus foi tão bom comigo que no curso de especialização que escolhi sem saber do que era a especialidade trabalhava diariamente de segunda a sexta-feira das 06:00-14:00 horas, única sessão que não trabalhava aos fins de semana. Louvo o Senhor que me guardou e me escolheu para ser servo dentro das instituições militares onde procuro dentro das minhas obrigações ser o mais correto possível. Trabalhei 6 anos no Comar cheguei aos meus superiores e lhes disse sobre minha crença religiosa. Passei por provações (mas Deus esteve comigo) e no meu último ano quando me despedir para seguir carreira no Corpo de Bombeiros de São Paulo recebi uma homenagem de bons serviços prestados. O sargento na época chamado Martins me chamou no canto e me disse :CLAYTON estou aqui há vinte anos e nunca vi um soldado sendo homenageado desta maneira meus parabéns.

Irmãos eu não sou merecedor de nada sou um indigno pecador mas dou graças ao meu Deus que me guardou e tem me guardado durante toda a minha carreira e me abençoado até os dias de hoje eu só posso dizer JESUS MUITO OBRIGADO POR TUDO E EU TE AMO SENHOR.
Cabo Santos CBPMESP