Policial feminina adventista prova sua fé e é abençoada por Deus

Meu nome é Kellen Maia, sou policial militar do Distrito Federal há 17 anos, profissão que abracei e da qual tenho grande orgulho.

Sou Adventista do 7º Dia de berço e durante toda minha vida tenho enfrentado provas a testar  minha confiança e fidelidade em Deus.

Quando passei no concurso de soldado da Polícia Militar, já de imediato fiquei um tanto quanto abalada quando marcaram o teste físico para um sábado a tarde. Eu precisava muito deste emprego e me negar a fazer o teste físico no sábado me causou grande preocupação se eles autorizariam outra data para o meu teste ou me reprovariam de imediato. Decidi entregar nas mãos de Deus e solicitar outra data para o meu teste, o que foi deferido. Fiquei muitíssimo alegre pela providência divina, mas alguns "amigos" interviram dizendo que não me alegrasse muito pois a nova data para realização do meu teste haveria uma banca completa para examinar apenas a mim, e que seria alvo de retaliação. No dia do teste, uma  banca de avaliação física da polícia militar foi montada para avaliar apenas a mim e mais 2 adventistas, contudo os policias que aplicaram o teste foram impessoais e altamente técnicos e nós três fomos aprovados no teste e ingressamos no curso.

Durante o curso de formação de soldados, enfrentamos novos obstáculos. Grande parte das atividades avaliativas eram marcadas para o sábado pela manhã. Então, solicitei ao comandante que respeitasse minha convicção religiosa e me desse outra alternativa para realização das provas que não fosse nas horas sagradas do sábado. O diálogo foi tenso e sem muitas esperanças mas por fim fui autorizada a permanecer em uma capela dentro do quartel no período que ia desde a entrada de todos os recrutas para a realização das provas (por volta das 7h00) até se findar as horas do sábado para então realizar a minha avaliação( por volta das 19h). Eram 12h de longas porém muito edificantes pois conheci outros 10 irmãos adventistas que se encontravam na mesma situação que eu e compartilhávamos experiências e fazíamos no culto em louvor a Deus ali  mesmo na capela do quartel.

Durante 10 longos meses de curso fomos pressionados a desistir da fé. Eu escutei várias vezes que não tinha perfil para esta profissão e que não seria uma boa policial em razão de minha fé, que deveria desistir. Infelizmente, alguns dos 11 irmãos do meu curso de formação cederam as pressões e se juntaram ao grande grupo de policiais que não guardavam a lei de Deus.

No final do curso, próximo a formatura, nosso grupo de policiais adventistas foi lembrado em um discurso do comandante. Me lembro como hoje e me causou grande reflexão, imaginando a cena quando da volta de nosso Senhor Jesus. Ele elogiou os policiais que se mantiveram firmes em seus propósitos e fé em Deus mesmo enfrentando provações e que se éramos fiéis a Deus seriamos fiéis a pátria. Como podia? O mesmo comando que nos pressionou a desistir, naquele momento nos elogiava e engrandecia diante de toda a tropa. Imagino que os colegas que desistiram no meio da jornada tenham se tomado de  arrependimento e vergonha.

Enfim, Deus me abençoou grandemente em minha carreira profissional. Passei no primeiro concurso interno para progressão na carreira e graças ao bom Deus, hoje sou primeiro sargento. No Curso de Altos Estudos para Praças recebi a medalha Duque de Caxias por ter sido a 1ª colocada no curso. Tenho orgulho de ser uma serva de Deus vivo e  1º SGT desta Corporação que amo servir.

SGT Kellen Maia