sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mas e se o policial cristão tiver que matar?


Essa também é uma pergunta que ouvi de muitos irmãos, até mesmo quando eu ainda não era policial, e assim sendo, não me furtarei de discorrer acerca desse tema polêmico.
Sabemos e acreditamos que os mandamentos de Deus são eternos, assim como Seus planos são perfeitos,  motivo pelo qual tirar a vida de si mesmo ou de outro constitui pecado (que é a transgressão da lei  I João 3:4). Deus é o autor da vida (Salmos 95:6), e não cabe a nós o direito de decidir a bel prazer se um ser deve continuar existindo ou não, porém vamos mais uma adentrar no "campo minado" que é a missão dos homens que além de cristãos, são também instrumentos de Deus nessa terra, para Sua justiça, os policiais adventistas.
Voltemos na história da humanidade e veremos que muito cedo o homem cometeu o pecado de homicídio quando Caim matou Abel, seu irmão, o que hoje a lei vigente em nosso país classificaria como um homicídio qualificado.Qualquer pessoa repudiaria a atitude de Caim que matou por ciúmes, porém qual seria a visão da sociedade quanto ao também homicídio qualificado praticado por Davi contra Golias, (lembrando que esse foi o primeiro de muitos na vida desse rei que foi chamado "O homem segundo o coração de Deus"(1Sm 13.14 e At 13.22). Penso que ninguém reprovaria o ato de coragem que Davi fez em favor de seu povo e sob a unção de Deus, porém sua atitude em relação a Urias é facilmente condenável. 
Durante todo o antigo testamento vemos batalhas travadas pelo povo de Deus contra inimigos tiranos, e Deus atuando em favor dos Seus, entregando esses inimigos em suas mãos, porém quando o povo de Deus se afastava de seus caminhos, saía debaixo de Sua proteção, ficando à mercê dos acontecimentos. 
Em suma, Romanos 13:1 diz que "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus" E em Romanos 13:4 vemos que: porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Analisando o contexto histórico em que estes textos foram escritos, podemos fazer analogia entre "espada" e as armas mais evoluídas hoje utilizadas pelas forças de segurança, lembrando que a espada era a arma mais letal que se conhecia naquela época.
O uso da força letal é um último recurso dentro da doutrina acadêmica de  "uso progressivo da força", porém ele não é descartado quando se fizer necessário para defender a vida inocente. E assim como no direito penal existem a "excludentes de ilicitude", no âmbito do julgamento divino temos um advogado, Jesus Cristo, que intercede por nós e conhece o mais profundo de nosso coração, inclusive as motivações de nossas ações.

Roney Vilaça



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