O Brasil vive momentos delicados e
complexos com a onda de manifestações que percorrem todo o país. As manchetes
da manhã desta sexta-feira dizem que mais de 1 milhão de pessoas participaram
de protestos em várias cidades do Brasil na quinta-feira, dia 20. Entre
muitos atos pacíficos, houve registro de violência em confrontos entre
manifestantes e policiais e atos de vandalismo em várias cidades.
No interior de SP, um participante de protesto morreu atropelado. O
crescimento da onda de manifestações levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião para as 9h30 desta sexta-feira, dia 21.
Diante desse quadro complexo, a pergunta que tenho mais escutado nestes
últimos dias é: devem os cristãos envolverem-se nessas manifestações?
Devem os pastores adventistas saírem as ruas e fazerem eco aos protestos
“pacíficos”?
Mais do que multiplicar palavras humanas ou raciocínios, quero deixar uma citação inspirada que esclarece alguns pontos:
“O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de
todo lado os abusos — extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não
obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum
abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a
autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele
que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres.
Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio
não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente,
a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o
coração”. (O Desejado de Todas as Nações, 358).
Como igreja respeitamos as reivindicações porque nós temos saído às ruas
para defender ideias, como o projeto Quebrando o Silêncio, contra o
cigarro, fumo e as drogas. Saímos com os jovens na Missão Calebe e para
doar sangue chamando a atenção da sociedade para o bem. Não é errado
defender suas ideias e ideais, mas o problema é que nessas manifestações
existem pessoas com intenções equivocadas que não combinam com os
nossos pensamentos e princípios cristãos. Muito mais do que reivindicar,
nossa missão é proclamar.
Nas manifestações têm muita gente que realmente se manifesta de modo
pacífico; porém, em certo momento, as manifestações acabam utilizando
métodos violentos para sofrer uma resposta das ordens de segurança e se
apresentam-se como vítimas do Estado repressor. O objetivo é
desestabilizar os governos por meio da manipulação popular. Depois das
manifestações, passam a ideia de que a violência não
era intencional, mas que foram pessoas “infiltradas” que a promoveram.
Eu me pergunto: é esse o nosso foco como cristãos? É esse um lugar
seguro para estarmos?
Como cristãos, fomos chamados para influenciar o mundo e devemos
continuar fazendo através do amor, doando-se e desgastando-se pelo bem
da comunidade.
Na continuação, Ellen White diz: “Não pelas decisões dos tribunais e
conselhos, nem pelas assembleias legislativas, nem pelo patrocínio dos
grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela
implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito
Santo. “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus; aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus”. João 1:12, 13. Aí está o
único poder capaz de erguer a humanidade. E o instrumento humano para a
realização dessa obra é o ensino e a observância da Palavra de Deus”. (O
Desejado de Todas as Nações, 358)
Precisamos cuidar para não perder o nosso foco. Estamos neste mundo com
uma mensagem especial que é preparar um povo para o encontro com o
Senhor! A nossa força não deve estar nas manifestações por justiça de um
grupo que está tentando encontrar suas causas, mas em anunciar a volta
do Senhor Jesus, a verdadeira causa!
A Bíblia é a nossa guia segura sempre. Veja o que está escrito no livro
de Hebreus 11:16: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é,
celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu
Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.”
O sonho dos sul americanos, o sonho dos brasileiros, o sonho dos
europeus... Todos querem uma pátria melhor. E ela existe. A cidade de
Deus, a pátria celestial. Enquanto não estamos nela, seguindo Romanos
13, dedique tempo para orar pelas autoridades e para que o evangelho
continue sendo anunciado a toda força.
Lembre-se sempre: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros”. (2Cr. 20:20).
Postei o texto acima com a fonte, pois achei muito bom o embasamento bíblico da explanação e atinge diretamente a questão da segurança publica
De: Pastor Rafael Rossi
Fonte: http://www.nasaladopastor.com/
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